MS se prepara para enfrentar a pior seca da história no Pantanal

Publicado no dia 19/04/2024 às 16h26min
Atuação de aviões agrícolas contra focos de incêndio será uma das estratégias

Por redação com informações da assessoria de imprensa | Agrofy News

Na semana passada, diante da estiagem, o Governo do Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência ambiental.

O estado, porém, sabe que não será o bastante. Isto porque o Mato Grosso do Sul se encontra diante da iminência da pior seca já registrada na história do Pantanal em 2024.

Essa situação é resultado da combinação de diversos fatores, incluindo uma estiagem severa nos rios da região, que deveriam estar alimentando a Bacia do Pantanal neste momento. Além disso, a expectativa do fenômeno La Niña aumenta a probabilidade de chuvas abaixo da média no Centro-Oeste do País.

De acordo com a ONG Ecoa – Ecologia e Ação, a seca afeta toda a planície pantaneira, sendo especialmente grave na região de Ladário, onde a régua da Marinha registrou apenas 1,12 metro na segunda-feira (15), uma marca 72 centímetros abaixo do nível de seca observado em 2020, até então considerado o pior em meio século.

É importante destacar que em anos anteriores, como 2020 e 2021, o Pantanal foi amplamente afetado por incêndios devastadores.

 

Em 2020, a aviação agrícola brasileira realizou mais de 6,8 mil lançamentos de água para combater os focos de incêndio no Pantanal, no Cerrado nordestino e outras áreas, além de proteger lavouras no Centro-Oeste. Segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), foram despejados mais de 10,8 milhões de litros de água para conter as chamas.

Em 2021, o Pantanal voltou a ser destaque internacional devido aos incêndios, exigindo novamente a atuação da aviação agrícola.

Atuação
Em resposta a essas emergências, o governo contratou uma nova empresa de aviação agrícola para auxiliar nas operações, apesar de já possuir dois aviões próprios para essa finalidade.

Em 2021, a aviação agrícola brasileira desempenhou um papel crucial, lançando 19,5 mil litros de água para combater incêndios em todo o país, realizando 10,9 mil manobras de ataque às chamas e prestando apoio direto aos brigadistas em solo, além de combater incêndios em áreas remotas.

MT: Inteligência artificial contra desmatamento químico
O Mato Grosso vai passar a usar inteligência artificial para evitar que ocorra casos de desmatamento químico, como o detectado na Operação Cordilheira, deflagrada pela Polícia Civil neste mês de abril.

Nesta semana, estourou o caso do empresário Claudecy Oliveira Lemes, que foi apontado como responsável pelo maior crime ambiental da história do Mato Grosso e, por isso, soma multas na casa dos R$ 2,8 bilhões.

Ele foi alvo da Operação Cordilheira que apurou o desmatamento ilegal de 80 mil hectares com produtos químicos no bioma do Pantanal, que é Patrimônio Natural da Humanidade pela sua biodiversidade.

Segundo o governador do MT, Mauro Marques, os sistemas do estado não estavam configurados para a detecção de casos de desmatamento químico, como ocorreu.


“Mas já tomamos as providências e eles estarão preparados em breve, usando de inteligência inicial para detecção de qualquer alteração no bioma, não só na forma histórica e tradicional, de desmatamento com máquinas, mas também nesses casos de desmatamento químico", afirmou.

O governador afirmou que os esforços do estado precisam ser somados à leis mais duras, reiterando a defesa pelo perdimento da terra em casos de crimes ambientais como o desmatamento ilegal.

"Não é possível imaginar que nós possamos continuar convivendo com velhos problemas. Mato Grosso investe, todos os anos, mais de R$ 70 milhões para combater desmatamento e queimadas ilegais. Precisamos deixar de conviver naturalmente com velhos problemas e trazer medidas novas, disruptivas, que às vezes assustam, mas são necessárias para romper com esse velho paradigma", apontou.

Cooperação MT e MS
Ontem, os governos de MS e MT se uniram para enfrentar desmatamento no Pantanal e assumira compromisso de ações compartilhadas. Eles firmaram um acordo de cooperação técnica.

Entre os compromissos firmados estão: a construção de um plano integrado de prevenção e controle de desmatamento e queimadas, com o alinhamento às leis estaduais, às ações de monitoramento compartilhadas e ao fomento da produção sustentável no Pantanal.

O termo de cooperação, que terá apoio do Governo Federal, técnica firmado entre os estados que integram o bioma do Pantanal tem vigência de cinco anos. Os estados constituirão um grupo de trabalho interestadual que será responsável por debater e criar modelos de políticas públicas que possam ser implementadas.

Fonte: Agrofy News

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