Algodão recua 5,7 porcento em junho e atinge menor valor desde março

Cenário internacional também tem pesado sobre o mercado nacional

Algodão recua 5,7 porcento em junho e atinge menor valor desde março
Ilustrativa

Os preços do algodão em pluma seguem em trajetória de queda no mercado brasileiro, influenciados pelo início da colheita da safra 2024/25 e pela movimentação estratégica de vendedores e compradores. O mercado opera atualmente nos mesmos patamares nominais registrados em março, o que indica uma pressão de baixa consistente nas cotações internas da fibra.

Segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os produtores estão mais dispostos a negociar os volumes remanescentes da temporada 2023/24, em um momento em que a nova safra começa a ganhar ritmo nos campos. Essa postura mais flexível tem levado os compradores a ofertarem valores menores nas negociações, impulsionando a retração nos preços domésticos.

Além disso, o cenário internacional também tem pesado sobre o mercado nacional. A desvalorização externa da pluma contribui para que os preços internos recuem ainda mais. De acordo com o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, o valor da pluma fechou em R$ 4,1655/lp na segunda-feira (23), o menor nível registrado desde 21 de março, quando a cotação estava em R$ 4,1652/lp.

Na parcial de junho, até o dia 23, o Indicador acumula uma queda de 5,7%. Essa retração reflete não apenas o comportamento do mercado internacional, mas também a expectativa de uma colheita recorde no Brasil, que aumenta a oferta e pressiona os preços para baixo.

No campo, os trabalhos de colheita da nova temporada já começaram. Conforme informações divulgadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), até 21 de junho, cerca de 4% da área cultivada com algodão no país havia sido colhida. Os estados do Centro-Oeste, principais produtores da fibra, lideram o avanço das máquinas nas lavouras.

FONTE: Agrolink
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