Carne bovina: EUA tomam “chá de cadeira” da China, enquanto Brasil avança no mercado asiático
Desde o início de 2025, Pequim deixou de renovar os registros de mais de 415 unidades frigoríficas norte-americanas, tornando-os inelegíveis para exportar a proteína
Enquanto os frigoríficos do Brasil despejam grandes quantidades de carne bovina no mercado da China, Pequim continua dificultando a vida dos exportadores dos Estados Unidos, que reclamaram da ausência de um acordo envolvendo a proteína norte-americana.
Segundo reportagem publicada no site da revista Drovers (www.drovers.com), recentemente, grande parte da atenção dada ao acordo entre as duas potências mundiais girou em torno da compra de soja pela China, mas a “carne bovina dos EUA ficou de fora das negociações”.
Desde o início de 2025 , a China deixou de renovar os registros de mais de 415 estabelecimentos de carne bovina dos EUA, tornando-os inelegíveis para exportar.
“Esta é uma enorme perda de mercado para os EUA, que o Brasil e outros países estão ansiosos para preencher”, relatou o texto da Drovers, reproduzindo um relatório de 9 páginas divulgado recentemente pelo Meat Institute, associação representante do setor nos EUA.
Em entrevista à Drovers, o CEO da Federação de Exportadores de Carne dos EUA (USMEF), Dan Halstrom, disse que os importadores chineses continuam interessados na mercadoria dos EUA, especialmente os estabelecimentos de alto padrão, como o Sam´s Club, “que estão prontos para reintroduzir a carne norte-americana assim que os frigoríficos forem reativados”.

Em 2024, a China foi o terceiro maior mercado de carne bovina dos EUA, em valor, com mais de US$ 1,5 bilhão.
Ethan Lane, vice-presidente sênior de assuntos governamentais da National Cattlemen’s Beef Association (NCBA), afirmou que “a entidade está frustrada por a carne bovina não ter sido incluída no acordo com a China e não entende por que foi deixada de fora das discussões”.
“O que precisamos aqui é que essa negociação resulte na retomada do nosso acesso a esse mercado. Isso representava cerca de 13% a 14% do nosso mercado e é algo que os produtores definitivamente sentem em relação à carcaça”, disse Lane, segundo a reportagem da Drovers.








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