Programa Solo Vivo triplica o alcance em Mato Grosso após sucesso da primeira fase
Iniciativa do Mapa e IFMT chega a 32 novos assentamentos, impulsionada por alta produtividade e baixa inadimplência
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou nesta segunda-feira (8) o avanço do programa Solo Vivo em Mato Grosso. A iniciativa, que visa promover o manejo sustentável dos solos e a segurança alimentar, será triplicada, passando de 10 para 32 assentamentos rurais em 32 novos municípios do estado. O anúncio ocorreu durante a cerimônia de apresentação dos resultados da primeira etapa do programa, destacando o crescimento e os resultados concretos alcançados.
“Aproveito este dia, às vésperas de celebrarmos um ano do Solo Vivo, para anunciar um avanço importante: vamos triplicar o programa. Serão 32 assentamentos, em 32 novos municípios, ampliando oportunidades e levando mais qualidade de vida ao povo mato-grossense. O Solo Vivo cresceu muito além do que imaginávamos e já começa a dar resultados concretos”, disse o ministro Fávaro.
A iniciativa, lançada em maio de 2025 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, é uma parceria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) com o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). O programa se consolidou como uma política pública essencial para recuperar áreas de solo degradado, aumentar a produtividade, fortalecer a agricultura familiar e reduzir as desigualdades na produção rural do estado. Fávaro enfatizou que o programa garante que pequenos e médios produtores tenham acesso às mesmas tecnologias dos grandes, com a diferença da presença do Governo Federal, resultando em eficiência no campo e benefícios para toda a sociedade.
Em menos de um ano, o Solo Vivo demonstrou grande eficiência, coletando e analisando 1.620 amostras de solo, atendendo 685 famílias e beneficiando 5.860 hectares em 16 municípios mato-grossenses. Para viabilizar a recuperação dessas áreas, foram utilizadas mais de 16 mil toneladas de calcário e 2,5 mil toneladas de fosfato, aplicados sob rigorosa recomendação técnica. O coordenador do projeto no IFMT, Marcos Valin, explicou que o programa é concebido como um organismo vivo, estudando a especificidade de cada solo para otimizar a produção.
“Nós pensamos esse projeto como um organismo vivo, em que cada parte tem uma função essencial para que tudo aconteça. Cada propriedade recebe uma recomendação personalizada, feita a partir de dados reais e analisados com rigor técnico. É a teoria saindo da sala de aula e indo direto para a prática no campo”, detalhou.
As amostras foram analisadas nos laboratórios do IFMT em Campo Novo do Parecis e Juína, que têm reconhecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), permitindo aplicações eficientes nas diferentes localidades para aumentar a produção e a qualidade do alimento, conforme explicou a coordenadora técnica Franciele Valadão.

Durante a cerimônia, os depoimentos emocionados dos produtores rurais beneficiados sublinharam o impacto social da iniciativa. O senhor Antônio, do assentamento São Antônio da Fartura, em Campo Verde, relatou que o programa tornou viável um serviço que custaria a ele, no mínimo, R$ 30 mil. A produtora dona Chiquita, de São José dos Quatro Marcos, enfatizou que sempre houve vontade de produzir, mas faltavam condições, e que o programa trouxe oportunidade e conhecimento. O sentimento de satisfação foi resumido pelo senhor Isaías, que afirmou.
“Nunca aconteceu algo parecido neste país. Me sinto um homem honrado com este programa”. A alegria de ver a terra pronta e o impacto começando a acontecer foi descrita por dona Ivanda.
Encerrando o evento, o ministro Carlos Fávaro recebeu o primeiro exemplar da edição especial da Revista Digoreste, que detalha as ações de extensão do IFMT e apresenta um balanço deste primeiro ano do Solo Vivo em Mato Grosso a partir do ponto de vista dos produtores beneficiados, alunos e professores envolvidos.








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