Cotações do boi gordo abrem a semana com estabilidade
Ambiente de preços firmes reflete o ritmo acelerado das exportações e o aquecimento do consumo interno de carne bovina, impulsionado sobretudo pelo pagamento dos salários, além do 13º
Os preços do boi gordo abriram a semana com estabilidade nas principais praças brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.
Segundo os analistas da Agrifatto, o ambiente de cotações firmes reflete o ritmo acelerado das exportações e o aquecimento do consumo interno de carne bovina, impulsionado sobretudo pelo pagamento dos salários, além do 13º.
Porém, diz a consultoria, o volume de negócios continua limitado, impedindo a ampliação das escalas de abate dos frigoríficos nacionais — que contabilizam oito dias úteis na média nacional —, dificultando qualquer movimento consistente de baixa.
Nesta segunda-feira (8/12), em um início de semana naturalmente mais lento, o preço de referência do boi gordo na praça de São Paulo seguiu em R$ 325/@, enquanto o valor médio das outras 16 regiões monitoradas pela Agrifatto permaneceu em R$ 307,40/@.
“Pelo quarto dia consecutivo, nenhuma das regiões acompanhadas registrou variações, reforçando o padrão de estabilidade no mercado físico”, ressaltam os analistas da Agrifatto.
Segundo os dados apurados pela Scot Consultoria, no mercado paulista, o boi gordo sem padrão-exportação segue em R$ 322/@, o “boi-China” está cotado em R$ 326/@, a vaca gorda em R$ 302/@ e a novilha em R$ 314/@ (todos os preços são brutos, no prazo).
Balanço da última semana
A primeira semana de dezembro/25 foi marcada por um leve otimismo nos mercados físico e futuro, reforçando a percepção de que o fim do ano deve ser de maior estabilidade para as cotações do boi gordo, relatam os analistas da Agrifatto.
No mercado físico, diz a consultoria, os grandes frigoríficos já trabalham com escalas avançadas para janeiro/26, o que reduz parte da pressão de compra neste início de mês.
Em contrapartida, continua a Agrifatto, os frigoríficos pequenos e médios oferecem preços um pouco mais elevados pelos lotes de boiadas para garantir a composição das escalas ainda em dezembro/25, refletindo uma competição um pouco mais acentuada pela oferta disponível no curto prazo.
Com isso, na última semana, o indicador DATAGRO acompanhou esse movimento e apresentou um leve aumento, fechando a R$ 322,01/@, uma alta de 0,21% em relação ao preço da semana anterior.

No mercado futuro, o otimismo foi ainda mais evidente, observa a Agrifatto. Os contratos de curto prazo encerraram a semana em alta, impulsionados pela expectativa de uma oferta mais restrita de animais no início de 2026.
“Essa percepção se alinha à leitura de parte dos participantes do mercado de que o ciclo pecuário está em processo de virada, reduzindo gradualmente a disponibilidade de boiadas terminadas”, analisa a consultoria.
Dessa maneira, o contrato futuro do boi gordo com vencimento em dezembro/25 encerrou a R$ 321,35/@ (+0,58%), enquanto janeiro/26 fechou a R$ 326,10/@ (+0,88%), fevereiro/26 a R$ 327,25/@ (+0,12%) e março/26 a R$ 329,70/@ (-0,21%).
Por sua vez, relata a Agrifatto, a diferença entre o mercado físico e o futuro permanece estreita para o contrato de dezembro/25, ao passo que os vencimentos mais longos continuam indicando ágio e antecipando expectativa de preços mais firmes ao longo do primeiro trimestre de 2026.








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