Exportações do agro sustentam superávit da balança comercial brasileira em abril

China segue como principal destino, enquanto produtos como soja, carne e celulose puxam alta no acumulado do ano

Exportações do agro sustentam superávit da balança comercial brasileira em abril
Ilustrativa

As exportações do agronegócio brasileiro seguem sendo protagonistas no desempenho da balança comercial. Em abril de 2025, o setor foi responsável por grande parte do superávit registrado no mês, que atingiu US$ 9,1 bilhões, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O acumulado do ano já soma US$ 33,3 bilhões de superávit, reforçando o papel estratégico do campo na economia nacional.

Entre os destaques do mês estão a soja em grão, cujos embarques continuam aquecidos, especialmente para a China, principal parceira comercial do Brasil. O país asiático absorveu a maior parte dos produtos agropecuários exportados em abril, mantendo sua posição como o maior comprador das commodities brasileiras. As vendas externas de soja, carne bovina, carne de frango e celulose garantiram alta relevante nos volumes e valores negociados.

O ritmo das exportações foi impulsionado não apenas pela forte demanda externa, mas também pela safra antecipada de grãos e pela logística mais eficiente neste primeiro semestre. Outros parceiros relevantes foram a União Europeia, o Oriente Médio e países do Sudeste Asiático, com aumento expressivo nas compras de alimentos e produtos florestais.

O agronegócio respondeu por boa parte da pauta de exportações em abril, ajudando a conter os efeitos da desaceleração em setores como mineração e petróleo. A valorização do dólar frente ao real também contribuiu para manter a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.

Apesar do cenário positivo nas vendas externas, analistas alertam que o desempenho poderia ser ainda maior com políticas mais robustas de apoio à produção, infraestrutura e crédito rural, especialmente em meio a custos elevados e juros ainda altos.

A expectativa é que, nos próximos meses, a entrada da segunda safra de milho e a continuidade dos embarques de soja mantenham o ritmo forte das exportações, consolidando o Brasil como fornecedor essencial de alimentos e insumos agroindustriais no cenário global.

 

Com informações do MDIC
FONTE: Agro+
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