Municípios do Rio Grande do Sul têm situação de emergência por estiagem reconhecida

Quase um ano após as fortes chuvas e enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul e levaram 451 municípios a pedirem reconhecimento federal de situação de emergência

Municípios do Rio Grande do Sul têm situação de emergência por estiagem reconhecida
Ilustrativa

Crédito: Prefeitura de Redentora

Quase um ano após as fortes chuvas e enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul e levaram 451 municípios a pedirem reconhecimento federal de situação de emergência, o estado volta a enfrentar os efeitos extremos das mudanças climáticas — desta vez, com a estiagem. Já são 201 municípios com reconhecimento federal e 61 em análise em 2025, conforme dados do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

As perdas no campo são visíveis: plantações comprometidas, famílias sem água para consumo e rebanhos ameaçados. A estiagem, que se arrasta há semanas em diversas regiões do estado, afeta especialmente os pequenos produtores rurais e populações em situação de vulnerabilidade.

Seguindo as orientações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Waldez Góes reafirma o compromisso do MIDR com a população gaúcha.

“Nós temos recebido orientação permanente do Presidente Lula para apoiar a população do Rio Grande do Sul, como fizemos em 2023 na estiagem, depois nas enchentes em 2024, que todos nós conhecemos os desafios que foram impostos a todos que vivem no Rio Grande do Sul, e agora mais de 200 municípios voltaram a sofrer com estiagem. Nós já aprovamos 7,9 milhões de reais de ajuda humanitária e vamos continuar aqui recebendo os planos de trabalho para auxiliar a população em mais esse momento de sofrimento”, destacou.

Planos de Trabalho

A Defesa Civil Nacional já atua no estado com o reconhecimento da situação de emergência e a liberação de recursos para socorro, assistência humanitária e restabelecimento de serviços essenciais. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil já aprovou 56 planos de trabalho de municípios gaúchos e autorizou o repasse de R$ 7,9 milhões para assistência humanitária aos atingidos pela estiagem. Outros 15 planos já foram enviados e estão em análise pela secretaria.

O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, reforça a importância da parceria com os municípios para agilizar o apoio.

“A elaboração e o envio dos planos de trabalho são fundamentais para que o apoio financeiro possa chegar com rapidez à população. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil está à disposição para orientar os gestores locais. Nossa missão é fazer com que a ajuda federal chegue o mais rápido possível a quem foi atingido pelo desastre”, afirmou.

Obras estruturantes

Além da resposta emergencial, o Governo Federal também atua de forma preventiva, com obras estruturantes que visam garantir a segurança hídrica. Um dos principais exemplos é a Barragem de Arvorezinha, em Bagé (RS), que já tem 35,6% das obras concluídas.

Com investimento de R$ 98 milhões por meio do Novo PAC, o projeto vai garantir o abastecimento de água para mais de 120 mil pessoas e representa uma resposta concreta aos efeitos recorrentes da estiagem no Sul do país.

A barragem terá capacidade de armazenar 18 milhões de metros cúbicos de água e contará com uma nova adutora e uma estação de bombeamento para ampliar a capacidade de captação até a Estação de Tratamento de Água (ETA), garantindo mais eficiência e segurança no fornecimento à população.

O investimento faz parte do eixo de segurança hídrica do Novo PAC, reforçando o compromisso do Governo Federal com o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida no interior do estado.

COP30

Nessa perspectiva, o MIDR colabora com as medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas a partir das ações que promovam segurança hídrica e proteção a desastres.  Dada essa ampla e relevante colaboração com a pauta climática, o MIDR vem, especialmente por meio do seu Comitê Permanente de Resiliência Climática (Portaria MIDR nº 36, de 7 de janeiro de 2025), contribuindo nas discussões na COP 30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O encontro global ocorrerá em novembro de 2025, em Belém (PA), reunindo líderes mundiais, representantes de governos, ciência e sociedade civil para debater soluções climáticas — e marcará a primeira vez que a conferência será realizada na Amazônia.

Com informações do MIDR
FONTE: Agro+
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