Mundo flerta com 3ª Guerra Mundial e commodities disparam em Chicago

Israel, Irã, Rússia, Ucrânia, Otan, India, Paquistão já estão envolvidos em conflitos ativos

Mundo flerta com 3ª Guerra Mundial e commodities disparam em Chicago
Ilustrativa

Os mercados globais amanheceram em estado de alerta nesta quinta-feira (13/6), após um novo capítulo na escalada militar entre Israel e Irã.

O conflito ganhou intensidade com a chamada 'Operação Rising Lion', na qual mais de 200 aeronaves israelenses lançaram mais de 330 munições contra aproximadamente 100 alvos em solo iraniano.

A retaliação do Irã e a crescente tensão no Oriente Médio colocaram o mundo novamente diante do risco de uma guerra em escala global – e as bolsas reagiram de imediato.

A ofensiva entre os dois países se soma a uma lista crescente de conflitos que ameaçam a estabilidade internacional.

Além deste, a guerra entre Rússia e Ucrânia já se arrasta por mais de dois anos com chances de se ampliar aos membros da Otan, bem como Índia e Paquistão trocaram mortes recentemente e vivem tensão constante na Caxemira.

Bolsa de Chicago, principal termômetro global para as commodities agrícolas, sentiu o impacto. Os contratos futuros de trigo com entrega em julho operavam em alta de 2%, a US$ 5,5225 por bushel.

Há receios de que os corredores logísticos que passam pela região do Oriente Médio possam ser bloqueados, afetando o transporte de grãos e outros produtos básicos.

A soja, que vinha em queda no mês, também registrou forte valorização. O contrato para setembro subiu 1,92%, alcançando US$ 10,6150 por bushel.

A alta foi impulsionada não só pela tensão internacional, mas também pela disparada do óleo de soja, que subiu mais de 6%. Relatórios do USDA não trouxeram mudanças relevantes sobre a safra, o que manteve o foco dos investidores no cenário externo.

No mercado do milho, os contratos mais negociados, com vencimento em julho, subiram 0,68%, cotados a US$ 4,41 por bushel. Embora o USDA tenha reduzido as estimativas de estoques finais nos EUA, o clima geopolítico tenso é hoje o principal motor de volatilidade.

Especialistas alertam para o risco logístico crescente. O fechamento de rotas aéreas, bloqueios navais e o aumento nos custos de seguro e frete tendem a pressionar ainda mais os preços das commodities. O petróleo, por exemplo, opera em alta acentuada, alimentando expectativas inflacionárias globais.

FONTE: AgrofyNews
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