Setor avícola reforça medidas de biosseguridade em eventos e proíbe visitas a granjas após foco de influenza aviária no RS
A nota técnica estabelece ainda orientações específicas para eventos técnico-científicos ou corporativos realizados no Brasil. As medidas incluem:

Diante da confirmação de foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves comerciais no município de Montenegro (RS) e da declaração de estado de emergência zoossanitária na região, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) atualizou nesta semana suas orientações para o setor avícola, reforçando o rigor das medidas de biosseguridade. A principal determinação é a proibição total de visitas a granjas e unidades produtivas por pessoas externas, inclusive de origem nacional.
A recomendação consta da Versão II da Nota Técnica publicada em maio de 2025, e tem como foco o reforço dos protocolos sanitários já adotados anteriormente pela entidade. O documento foi direcionado a empresas do setor, organizadores de eventos agropecuários e ao público técnico envolvido com a produção de aves e suínos.
Segundo a ABPA, embora o vírus tenha como principal vetor de disseminação aves silvestres migratórias, fatores indiretos como calçados, roupas, veículos e equipamentos contaminados também representam riscos significativos. Por isso, a entidade optou por restringir totalmente o acesso às granjas, mesmo que o visitante tenha cumprido período de quarentena ou outras exigências sanitárias previstas.
Eventos com protocolos reforçados
A nota técnica estabelece ainda orientações específicas para eventos técnico-científicos ou corporativos realizados no Brasil. As medidas incluem:
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Proibição de visitas internas a unidades produtivas, limitando-se, quando necessário, apenas às áreas administrativas ou externas;
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Registro completo de participantes, incluindo nome, contatos e local de origem, com recomendação de arquivamento das listas por um ano;
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Declaração obrigatória no ato da inscrição, atestando que os participantes não tiveram contato recente com animais vivos, aves silvestres ou locais de risco;
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Quarentena de 72 horas após o evento, antes do retorno às atividades produtivas, com higienização completa de roupas, calçados e equipamentos utilizados.
A ABPA reforça que todas as empresas devem seguir os procedimentos de biosseguridade disponíveis em seu portal oficial, onde constam orientações específicas para prevenção da influenza aviária em diferentes cenários de risco.
Educação sanitária como prioridade
A associação também sugere que organizadores de eventos utilizem seus canais de mídia e comunicação institucional para disseminar conteúdos educativos sobre biossegurança e Influenza Aviária, ampliando a conscientização de profissionais e produtores.
Atualmente, o Brasil segue sem registros de contaminação sistêmica ou descontrole sanitário, mas a identificação de um foco comercial no Rio Grande do Sul acende o alerta sobre a importância da vigilância constante e da rápida resposta a qualquer indício de infecção.
A ABPA reitera seu compromisso com a proteção da cadeia produtiva de proteína animal, uma das mais relevantes para a economia e para as exportações brasileiras. A produção de carne de frango, por exemplo, coloca o país na liderança global, com embarques que superam os 4,8 milhões de toneladas por ano.
Com informações da ABPA
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