Conab eleva tarifa para alugar silos privados diante de safra recorde

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou aumento médio de 6,88% nas tarifas pagas a empresas privadas para aluguel de silos e outros tipos de estrutura de armazenagem.

O aumento, aprovado pelo conselho da estatal em abril, passou a valer em maio e integra a estratégia para ampliar e melhorar a capacidade dos estoques públicos no país para alimentos como arroz, café, milho, feijão, soja e trigo.

Segundo o presidente da estatal, Edegar Pretto, a medida busca preparar a Conab para a safra recorde de grãos prevista para este ano, que deve superar os 332 milhões de toneladas segundo os levantamentos da própria entidade.

A autarquia possui atualmente uma capacidade estática própria de 1,6 milhão de toneladas, equivalente a cerca de 1% da capacidade nacional, distribuída em 64 unidades com 126 armazéns.

Somando as unidades próprias às estruturas privadas credenciadas, a capacidade total disponível para a Conab é de 2,96 milhões de toneladas.

Os principais estados produtores que concentram essa capacidade são Mato Grosso (1,4 milhão de toneladas), Rio Grande do Sul (890,1 mil), Santa Catarina (362,1 mil), Paraná (302,8 mil) e Goiás (14,9 mil).

Atualmente, a Conab dispõe de 57 unidades armazenadoras privadas credenciadas, localizadas principalmente em Santa Catarina (18), Mato Grosso (16), Rio Grande do Sul (14), Paraná (8) e Goiás (1).

Essas estruturas têm uma capacidade estática total de 3 milhões de toneladas, embora nem todo esse volume esteja em uso atualmente.

"O reajuste tem como objetivo tornar mais atrativo o credenciamento de novas unidades privadas, especialmente em regiões produtoras estratégicas para milho, trigo e arroz, que tradicionalmente são os produtos-alvo das ações governamentais para formação e manutenção de estoques", destacou Pretto.

A correção das tarifas levou em consideração pesquisas de mercado e os principais índices inflacionários.

O último reajuste praticado pela Conab havia sido em 2023, com um aumento médio de 34% nas tarifas pagas às empresas privadas armazenadoras.