Câmara aprova uso de créditos de carbono para abater impostos no agro

Proposta cria incentivo fiscal para quem conserva florestas e investe na geração de créditos ambientais no campo

Câmara aprova uso de créditos de carbono para abater impostos no agro
Ilustrativa

 Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (7) o parecer do deputado Tião Medeiros (PP-PR) ao Projeto de Lei 1436/2024, que regulamenta o uso de créditos de carbono como compensação tributária em atividades agropecuárias. 

A proposta, de autoria do deputado Lucio Mosquini (MDB-RO), autoriza produtores rurais que conservem ativos ambientais —  como florestas nativas ou áreas reflorestadas — a utilizar créditos certificados para quitar tributos relacionados à produção no campo.

Segundo Tião Medeiros, relator da matéria, a medida busca aliar preservação ambiental e justiça tributária, oferecendo um estímulo econômico a produtores que investem em práticas sustentáveis.

“Essa iniciativa concilia a preservação ambiental com a justiça tributária, criando um estímulo econômico para os produtores que investem em práticas sustentáveis”, afirmou.

 

Dedução de despesas

O texto também incorpora o PL 3769/2024, do deputado Marco Brasil (PP-PR), que altera a Lei nº 8.023/1990 para incluir a produção de créditos de carbono entre as atividades rurais consideradas na apuração do Imposto de Renda.

Com a mudança, produtores pessoas físicas poderão deduzir despesas e investimentos relacionados à geração desses ativos ambientais.

“O texto facilita a apuração do imposto, permitindo que os produtores deduzam os investimentos feitos para a produção de créditos de carbono, o que, sem dúvida, contribuirá para o aumento dessa prática no campo”, destacou Marco Brasil.

Outro ponto relevante do projeto é o incentivo ao reflorestamento.

A proposta prevê que áreas recuperadas também possam ser utilizadas como base para compensação tributária, o que pode impulsionar a recuperação de áreas degradadas e ampliar a cobertura florestal no país.

Para Tião Medeiros, a aprovação representa um avanço no alinhamento entre sustentabilidade e política fiscal. “Trata-se de um ciclo virtuoso de desenvolvimento sustentável no campo”, concluiu.

O texto mantém as diretrizes centrais dos projetos originais, com ajustes pontuais, e determina que o uso dos créditos de carbono seguirá regulamentação do Poder Executivo.

E agora?

A proposta segue agora para análise nas Comissões de Meio Ambiente, Finanças e Tributação, e Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

FONTE: AgrofyNews
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