Embarques de carne de frango retrocedem a níveis registrados em 2020, no início da pandemia de Covid-19

Completada, em termos de embarques diários, a primeira metade do mês de junho (10 de 20 dias úteis) as exportações seguem sob os efeitos dos embargos ainda prevalentes por grande parte dos importadores.

Como efeito, o volume médio diário registrado nas duas semanas iniciais de junho, de pouco mais de 15 mil toneladas, retrocedeu quase 12% em relação ao mês anterior e perto de 25% em relação a junho do ano passado. Retorna, na prática, a níveis registrados nos primeiros meses de 2020 quando, em consequência da pandemia de Covid-19, ocorreu paralisação geral no comércio mundial.

O que ainda permanece em relativa estabilidade é o preço médio, pois os US$1.798,52/tonelada até aqui registrados se encontram 0,73% acima do que foi obtido há um ano. Mesmo assim, esse valor está ligeiramente aquém dos US$1.802,94/tonelada de maio passado.

Como, nesta semana, o setor voltará a obter o status de “IAAP free”, as expectativas são de retomada paulatina dos embarques. Porém, mantido no restante do mês os mesmos níveis da 1ª quinzena – perto de 152,5 mil toneladas – o total de junho corrente, pouco superior a 300 mil toneladas, será um quarto menor que o registrado no fechamento do 1º semestre de 2024 (408,5 mil toneladas, 100 mil toneladas a mais).

Confirmando-se esse resultado, o acumulado nos seis primeiros meses de 2025 irá girar em torno de 2,4 milhões de toneladas, ficando aquém do que foi registrado nos últimos dois anos, no mesmo período – 2,453 milhões de toneladas no 1º semestre de 2023 e 2,422 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado.

Todos os resultados referem-se, especificamente, à carne de frango in natura, item que, nos cinco primeiros meses de 2025, correspondeu a 94,5% do total exportado pelo setor.

Fonte: AviSite
Autor:Redação