Fim de ano aquece mercado de suínos valorizando cortes nobres
Consumo sazonal de suínos fortalece a demanda e altera o ritmo das negociações no mercado atacadista
Com a aproximação das confraternizações de Natal e Ano-Novo, o mercado suinícola brasileiro entra em um período tradicionalmente marcado pelo aumento do consumo e pela reorganização das estratégias comerciais ao longo da cadeia.
No atacado, a busca por cortes suínos associados às ceias festivas se intensifica, refletindo diretamente na formação dos preços. Restaurantes, supermercados e distribuidores ampliam seus estoques para atender a uma demanda mais aquecida, o que reduz a disponibilidade imediata de produtos e sustenta a valorização das cotações.
Em São Paulo, principal polo de referência para o mercado nacional, o movimento já é perceptível: na parcial de dezembro, até meados do mês, o pernil suíno apresentou preço médio de R$ 14,11 por quilo, resultado que representa avanço superior a 2% em relação ao mês anterior. Esse comportamento confirma o peso da sazonalidade sobre o consumo e evidencia como o calendário festivo exerce influência direta sobre o equilíbrio entre oferta e procura, fortalecendo o poder de barganha do setor produtivo.
Pernil e lombo ganham protagonismo reforçando perspectivas positivas para o setor
Entre os cortes mais valorizados neste período, o pernil segue como protagonista absoluto das mesas brasileiras, seja assado, temperado ou preparado de forma artesanal, mantendo forte apelo cultural e gastronômico.

Paralelamente, o lombo suíno também se destaca, impulsionado pela preferência do consumidor por opções consideradas mais magras, versáteis e adequadas a diferentes receitas típicas das festas. Esse aumento simultâneo da procura por cortes específicos contribui para um cenário de maior firmeza nas negociações e amplia a rentabilidade no atacado, especialmente em um contexto no qual os frigoríficos ajustam a produção para atender à demanda pontual.
Para os agentes do setor, o momento é visto como estratégico não apenas para a consolidação de preços mais elevados, mas também para a valorização da carne suína como alternativa competitiva frente a outras proteínas. Assim, o fim de ano se confirma como um período chave para o mercado, capaz de fortalecer margens, estimular o consumo e abrir espaço para expectativas mais otimistas no início do próximo ciclo comercial.
AGRONEWS








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