Nova onda de frio bate -7,3°C e leva geada ao Sul; capitais podem ter recordes
Curitiba, Porto Alegre e São Paulo podem registrar as menores temperaturas do ano
Após registrar -7,3 °C no Rio Grande do Sul, a nova onda de frio segue intensa e deve provocar geada generalizada e novos recordes de temperatura nesta quarta-feira (2) em capitais do Sul e Sudeste.
Com atuação de uma massa de ar polar, os termômetros voltaram a marcar abaixo de zero nos três estados do Sul, e a previsão indica mais um dia gelado em cidades como Curitiba, Porto Alegre e São Paulo.
Segundo o Simagro, a menor marca no país foi de -7,3°C em Santana do Livramento (RS). Em Santa Catarina, os termômetros chegaram a -5,9°C em Urupema, e no Paraná, Palmas registrou -0,9°C, conforme dados do Simepar.
O frio também se estende a partes da Região Norte, como Rondônia e Acre, onde ocorre o fenômeno da friagem — quando a temperatura permanece baixa mesmo durante a tarde.
Possibilidade de novos recordes em capitais do Sul
A quarta-feira (2) deve ser ainda mais gelada no Sul do Brasil. Em Curitiba, a previsão da Climatempo indica máxima de apenas 9 °C, o que pode configurar a tarde mais fria do ano na capital paranaense.
Porto Alegre deve amanhecer com 1 °C, e Florianópolis com 4 °C — ambas com risco de geada.
A previsão é de geada generalizada em grande parte do Rio Grande do Sul, centro-oeste e sul de Santa Catarina, além do extremo sul e sudoeste do Paraná.
As baixas temperaturas persistem até a madrugada de quinta-feira (3), especialmente no Rio Grande do Sul, onde o centro da massa de ar frio seguirá atuando.
A partir da tarde de quinta e ao longo da sexta-feira (4), o frio começa a perder força à medida que o sistema se afasta para o oceano.
Sudeste: frio em São Paulo
No Sudeste, o frio também predomina, com destaque para a cidade de São Paulo, onde a máxima não deve ultrapassar os 14 °C nesta quarta-feira — podendo ser a tarde mais fria de 2025 até o momento.
Segundo a Climatepo, o tempo segue nublado e úmido, com garoa e sensação térmica de frio persistente, especialmente nas regiões próximas ao Paraná, no litoral e na faixa leste paulista.
A situação é mais crítica no Rio de Janeiro. A combinação entre ventos marítimos e a atuação de um cavado em níveis médios da atmosfera intensifica a instabilidade na capital fluminense, que está em alerta para chuva volumosa e risco de transtornos, como deslizamentos, alagamentos e enchentes, principalmente em áreas vulneráveis.
No Litoral Norte paulista, as chuvas devem ser constantes e acumulados significativos são esperados. Já no interior do estado, o tempo tende a ficar mais firme, com algumas aberturas de sol, mas ainda sob efeito das temperaturas mais baixas.
Em Minas Gerais, a umidade vinda do mar reforça a nebulosidade na faixa leste e no Sul do estado. A massa de ar polar também avança sobre outras áreas, provocando queda de temperatura, principalmente na Zona da Mata.
Centro-Oeste: tempo seco e manhãs geladas
No Centro-Oeste, segundo a Climatempo, o amanhecer ainda será frio no sudoeste e extremo sul de Mato Grosso do Sul. O frio também atinge o sul de Mato Grosso, com tendência de elevação das temperaturas à tarde.
Goiás e o Distrito Federal enfrentam tempo seco, ensolarado e com umidade relativa do ar abaixo dos 30% durante a tarde, principalmente no norte goiano e leste de Mato Grosso.
Nordeste e Norte: temporais e baixa umidade
O litoral da Paraíba e do Rio Grande do Norte está em alerta para temporais causados pela infiltração de ventos marítimos. Também há previsão de chuva forte no norte do Ceará.
Na Região Norte, os temporais se concentram no norte e noroeste do Amazonas e no oeste de Roraima. O centro-norte do Amazonas, o norte do Pará e o Amapá também devem registrar chuvas moderadas a fortes.
Enquanto isso, o ar seco domina o sudeste do Pará, Tocantins, sul do Maranhão e do Piauí, além do interior da Bahia, onde a umidade pode ficar abaixo dos 30%.
A Marinha do Brasil informa que o mar deve ficar agitado ao longo da costa Sul e Sudeste, embora não haja, por ora, alerta oficial de ressaca.
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