Onde está a maior capacidade de armazenagem agrícola do Brasil?

IBGE revela quais regiões concentram silos, graneleiros e armazéns convencionais no país

Onde está a maior capacidade de armazenagem agrícola do Brasil?
Ilustrativa

capacidade de armazenagem agrícola do Brasil cresceu 2,1% no segundo semestre de 2024, alcançando 227,1 milhões de toneladas, conforme informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (12/6), por meio da Pesquisa de Estoques.

Mato Grosso concentra a maior capacidade do país. Os silos predominam no Sul, os graneleiros dominam no Centro-Oeste e os armazéns convencionais têm maior presença no Sul e Sudeste — um retrato da diversidade estrutural do agronegócio brasileiro.

Silos seguem na dianteira

Os silos continuam sendo o principal tipo de armazenagem do país, somando 120,5 milhões de toneladas, o equivalente a 53,1% da capacidade nacional. O volume representa um crescimento de 2,6% em relação ao primeiro semestre de 2024. 

A Região Sul concentra 65,1% da capacidade instalada com silos, o que equivale a 43,3% do total do país nesse modelo. 

Graneleiros se impõem no Centro-Oeste

Na sequência, os armazéns graneleiros e granelizados atingiram 82,6 milhões de toneladas, com alta de 2,1% no semestre. Eles representam 36,4% da capacidade nacional e estão fortemente concentrados no Centro-Oeste, que responde por 50,5% da capacidade da região e 59,7% do total nacional desse tipo de estrutura. 

 

A concentração está ligada à presença de grandes propriedades e à produção em larga escala de grãos, especialmente milho e soja.

Convencionais são destaque no Sul e Sudeste

Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis totalizaram 24,0 milhões de toneladas, o que corresponde a 10,6% da capacidade do país, com um leve aumento de 0,4% frente ao semestre anterior. Esse tipo de armazenagem é comum para produtos como arroz e café, que ainda utilizam sacarias.

O Sul detém 34,8% da capacidade instalada nesse modelo, seguido pelo Sudeste, com 31,7% — juntas, essas regiões concentram 66,5% da capacidade nacional de armazéns convencionais. 

Mato Grosso lidera em capacidade instalada

Embora o Rio Grande do Sul tenha o maior número de estabelecimentos (2.448), é o Mato Grosso quem lidera em capacidade total de armazenagem, com 61,4 milhões de toneladas.

Do total, 58,1% são armazéns graneleiros e 37,4% silos, reflexo direto do perfil produtivo do estado.

Na sequência aparecem o Rio Grande do Sul (38,6 milhões de toneladas) e o Paraná (35,1 milhões), ambos com predominância de silos. 

Número de estabelecimentos cresce no Norte, Nordeste e Centro-Oeste

A Pesquisa de Estoques contabilizou 9.511 estabelecimentos ativos no segundo semestre de 2024, um avanço de 0,9% em relação ao semestre anterior.

O crescimento foi puxado pelas regiões Norte (7,5%), Nordeste (3,6%) e Centro-Oeste (1,2%). O número de unidades permaneceu estável no Sul, enquanto o Sudeste teve queda de 0,4%.

Estoques recuam, com exceção do arroz

Apesar da ampliação da infraestrutura, os estoques de produtos agrícolas encolheram no período. Em 31 de dezembro de 2024, o volume total armazenado era de 36,0 milhões de toneladas, uma queda de 19,3% frente aos 44,6 milhões registrados no fim de 2023. 

O milho liderou os estoques, com 17,7 milhões de toneladas, seguido por soja (7,3 mi t), trigo (5,7 mi t), arroz (1,7 mi t) e café (0,9 mi t).

O arroz foi o único produto com aumento de estoque em relação ao final do ano anterior. Esses cinco produtos respondem por 92,4% do total armazenado, enquanto os 7,6% restantes são compostos por algodão, feijões e outras sementes

FONTE: AgrofyNews
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