Mercado de milho segue travado no Sul e Centro-Oeste
No Paraná, a safrinha começa lentamente

Segundo informações da TF Agroeconômica, o mercado de milho segue estagnado em várias regiões do país, com destaque para o Rio Grande do Sul, onde a liquidez continua baixa. Os produtores mantêm o cereal estocado, aguardando preços mais atrativos, enquanto a indústria de rações enfrenta dificuldades de abastecimento. Mesmo com pequenas liberações por parte de cooperativas, a oferta voltou a cair, e as indicações de compra permanecem estáveis entre R$ 66,00 e R$ 69,00 em municípios como Santa Rosa, Marau e Montenegro.
Em Santa Catarina, apesar de uma safra recorde, o mercado também está travado pela falta de consenso entre produtores e compradores. Os preços pedidos no Planalto Norte e Campos Novos chegam a R$ 85,00/saca, enquanto as ofertas não ultrapassam R$ 80,00. A colheita avança com produtividade histórica de 9.717 kg/ha e previsão de 2,4 milhões de toneladas, mas a distância entre os preços ainda impede retomada nos negócios.
No Paraná, a safrinha começa lentamente, com apenas 3% colhida. O milho disponível tem sido ofertado entre R$ 76,00 e R$ 80,00 nos Campos Gerais, mas a umidade elevada dificulta os trabalhos no campo. A estimativa de produção é de 16,15 milhões de toneladas, podendo alcançar novo recorde estadual. Apesar disso, o mercado continua em compasso de espera, com poucos negócios fechados.
Já no Mato Grosso do Sul, a comercialização segue travada, com a saca cotada entre R$ 53,00 e R$ 57,00. A oferta é limitada e compradores aguardam avanço da colheita, prevista para julho. Problemas pontuais como falhas no estande, pragas e estresse hídrico afetam parte das lavouras, especialmente no sul do estado. Ainda assim, a produção projetada é de 10,2 milhões de toneladas, um aumento de 20,6% em relação ao ciclo anterior.
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