Brasil conquista status histórico de país livre de febre aftosa sem vacinação
O Brasil alcançou, em 2025, um marco histórico para a pecuária ao receber da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o reconhecimento como país livre de febre aftosa sem vacinação.
O Brasil alcançou, em 2025, um marco histórico para a pecuária ao receber da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o reconhecimento como país livre de febre aftosa sem vacinação. O certificado coroa mais de seis décadas de trabalho contínuo coordenado pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária e eleva o país a um novo patamar sanitário, ampliando o acesso a mercados internacionais mais exigentes.
Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, o reconhecimento fortalece a credibilidade do sistema sanitário brasileiro, amplia oportunidades comerciais e gera ganhos diretos de competitividade para o setor produtivo.
Além do avanço histórico, a SDA acumulou resultados relevantes ao longo do ano. O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo foi credenciado pela FAO como Centro de Referência para Influenza Aviária e Doença de Newcastle, ampliando o protagonismo do Brasil na vigilância de enfermidades de impacto global.
No comércio exterior, a Secretaria atuou na habilitação de novos estabelecimentos para exportação à União Europeia e viabilizou a primeira exportação de limão-taiti brasileiro ao bloco com certificação eletrônica emitida pelo Vigiagro. Também retomou o sistema de pre-listing para carnes de aves e ovos, reduzindo custos e aumentando a previsibilidade para exportadores.
Na sanidade animal, a atuação rápida da SDA foi decisiva para conter o primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade em granja comercial, registrado em maio no Rio Grande do Sul. Após o vazio sanitário, o Brasil recuperou em apenas um mês o status internacional de país livre da doença, com reflexos positivos na abertura de mercados.
Na área vegetal, foram reforçadas ações de controle da mosca-da-carambola, da vassoura-de-bruxa da mandioca e da monilíase do cacaueiro, com prorrogação de emergências fitossanitárias e intensificação da vigilância em áreas sensíveis.
Ao longo de 2025, a fiscalização resultou na apreensão de grandes volumes de produtos com indícios de irregularidades, como água de coco, polpas de frutas, sucos, vinhos e café. Em regiões de fronteira, o Programa Vigifronteiras realizou 43 operações, enquanto o Vigiagro promoveu mais de 45 mil fiscalizações, principalmente em aeroportos, interceptando cerca de 196 toneladas de produtos irregulares.

O ano também marcou avanços na digitalização. A SDA lançou um novo sistema eletrônico para registro de estabelecimentos de produtos de origem animal e ampliou a certificação sanitária digital, reduzindo prazos e aumentando a eficiência dos serviços. No âmbito do Sisbi-POA, a integração de municípios atingiu patamar recorde, fortalecendo agroindústrias familiares e ampliando o acesso a mercados.
Com resultados sanitários, institucionais e comerciais, a atuação da SDA em 2025 consolidou o Brasil como referência internacional em defesa agropecuária e reforçou a competitividade do agronegócio brasileiro no cenário global.








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