Exportações brasileiras de café recuam em março, aponta boletim da OIC
O Brasil registrou queda de 9,4% nas exportações totais de café em março de 2025, segundo o boletim mensal da Organização Internacional do Café (OIC), divulgado nesta semana.

O Brasil registrou queda de 9,4% nas exportações totais de café em março de 2025, segundo o boletim mensal da Organização Internacional do Café (OIC), divulgado nesta semana. O recuo contribuiu para a retração mais ampla observada na América do Sul, que viu suas exportações diminuírem 15,9% no período, impactadas principalmente pela desaceleração do mercado brasileiro.
O relatório da OIC mostra que a categoria dos Naturais Brasileiros – da qual o Brasil é o principal exportador – teve uma retração de 2,4% nas exportações em março, reflexo de uma menor oferta no país. Segundo a organização, altas temperaturas e chuvas abaixo da média em regiões produtoras contribuíram para o cenário, além de questões logísticas que também afetaram o escoamento da safra.
Apesar da queda, o Brasil manteve sua liderança no mercado de café solúvel, com 330 mil sacas exportadas no mês, consolidando sua posição no segmento de produtos industrializados com maior valor agregado.
A OIC destaca ainda que os estoques certificados de Arábica cresceram 6,4%, o que pode sinalizar uma estratégia de retenção diante da volatilidade dos preços internacionais. Por outro lado, a demanda global começa a dar sinais de recuperação, impulsionada pela desaceleração da inflação em países consumidores e pela resiliência do mercado de Arábicas.
Perspectivas e desafios
Embora o Brasil continue como principal player global, o boletim da OIC alerta para a necessidade de monitoramento dos efeitos climáticos sobre a produção 2025/26. A expectativa é de que, superadas as dificuldades pontuais de oferta, o país retome o ritmo de crescimento nas exportações, com apoio de uma cadeia produtiva estruturada e capacidade industrial consolidada.
O desempenho brasileiro será fundamental para o comportamento do mercado global nos próximos meses, especialmente diante de um cenário em que os preços internacionais permanecem elevados, apesar da retração registrada em abril.
Com informações da Embrapa
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