Carne de frango: a exportação esperada para 2025 e a efetivamente realizada frente ao caso de IAAP
O desempenho observado nas exportações de carne de frango do 1º quadrimestre de 2025 permitiu sonhar alto.
Afinal, os embarques de janeiro e fevereiro atingiram níveis nunca alcançados nos respectivos meses e embora os volumes de março e abril tenham ficado ligeiramente aquém de recordes anteriores, o acumulado naqueles quatro meses superou em mais de 9% o registrado no mesmo período de 2024.
Supondo, naquela ocasião, que o volume já exportado – pouco superior a 1,8 milhão de toneladas – mantivesse a mesma média mensal (450 mil toneladas/mês) nos outros dois quadrimestres, as exportações de 2025 chegariam aos 5,4 milhões de toneladas, cerca de 5% a mais que o realizado em 2024.
Não era sonhar demais, porquanto – mostram os resultados dos últimos 25 anos – os menores níveis de cada exercício estão concentrados nos primeiros meses do ano. Portanto, a média projetada poderia, até, ser superada.
Foi então que ocorreu o caso de IAAP na avicultura comercial. E os resultados do quadrimestre seguinte foram um desastre, pois a média mensal então registrada – 369,5 mil/t mensais – recuou mais de 18% em relação ao quadrimestre anterior. Foi o que transformou aquele ganho de 9% no 1º quadrimestre em uma perda de quase 2% no encerramento do 2º quadrimestre.
Em outubro corrente, tudo considerado (produto in natura, carne salgada e industrializados) o volume exportado tende a alcançar as 490 mil toneladas e atingir novo recorde, não apenas para o mês, mas historicamente. Mesmo assim, é praticamente impossível alcançar, no ano, a meta original das 450 mil toneladas/mês, pois isso exige importações mensais de pelo menos 576 mil toneladas em novembro e dezembro.
De toda forma, o total anual tende a superar o de 2024, devendo representar novo recorde. Para somente igualar o que foi exportado no ano passado – perto de 5,157 milhões de toneladas – basta embarcar em torno de 455 mil toneladas nos dois últimos meses do ano. E este volume é menor que o registrado em setembro e outubro. Ou seja: aquela média mensal originalmente prevista volta a ser superada no quadrimestre e, com ela, um novo recorde anual fica praticamente garantido.
Ressalva final: todas estas projeções podem ser significativamente superadas se, neste final de ano, ocorrer a reabertura do mercado chinês à carne de frango brasileira. Por ora, porém, não vem sendo detectado nenhum novo movimento a respeito.

Fonte: AviSite
Autor:Redação








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