Desempenho do frango abatido na 27ª semana de 2025, passagem do 1º para o 2º semestre
O reconhecimento (agora internacional) de que o Brasil permanece como um país livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade ainda não influenciou significativamente as exportações de carne de frango

O reconhecimento (agora internacional) de que o Brasil permanece como um país livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade ainda não influenciou significativamente as exportações de carne de frango (há, apenas, indicativos da FAO de ocorrência de alterações nos últimos dias de junho) e, como um dos efeitos, o mercado interno permanece abastecido acima do ideal, interferindo negativamente sobre os preços do produto.
Esperava-se que já na virada de mês surgissem sinais de retomada, mas a primeira semana de julho terminou sem maiores indícios de recuperação dos preços anteriores, pois foram mantidas, praticamente, as mesmas cotações alcançadas no final de julho. Ou seja: a valorização média na semana não passou de 0,03% em relação à semana anterior.
É verdade que, nestas três últimas semanas, a curva de preços voltou a apresentar tênues sinais de alta. Mas, em relação ao menor preço do período (R$7,37/kg em 13 de junho passado), a cotação mais recente (R$7,47/kg na última sexta, 4 de julho) foi apenas 1,3% superior, enquanto no mesmo espaço de tempo anterior os preços recuaram perto de 15% (R$8,83/kg em 13 de maio; R$7,54/kg em 4 de junho).
É possível que esse processo se acelere no decorrer desta semana. Mas – é inevitável lembrar – a primeira quinzena logo acaba e com ela cessam, normalmente, até as expectativas de manutenção dos preços.
Isto, porém, pode não ocorrer desta vez. De um lado, porque, transcorridas pouco mais de sete semanas da ocorrência do caso de IAAP, a oferta deve diminuir, pois, com a semi-paralisação do mercado externo, muitas empresas reduziram o ritmo de produção. De outro lado porque a demanda externa dá seus primeiros passos em direção à normalidade e tende a encontrar o mercado menos abastecido, o que deve intensificar a demanda e fortalecer os preços.
Afinal, como escreveu no mês passado o analista de preços internacionais de commodities Rafael Barisauskas, nos próximos meses os preços internacionais do frango podem aumentar até 14%. E isto, claro, se reflete também nos preços internos.
Isso, porém, não significa que os reflexos atinjam também o mercado de aves vivas ofertadas por criadores independentes. Como os frigoríficos tendem a se concentrar na recuperação de preço da ave abatida, devem recorrer pouco a esse mercado e, assim, a tendência, neste primeiro momento, é de permanência das cotações atuais – de no máximo R$5,80/kg no mercado paulista e de R$5,70/kg no mercado mineiro, onde, por sinal, os preços praticados sofreram duas correções de cinco centavos cada na semana passada.
Fonte: AviSite
Autor:Redação
Hits: 67
Comentários (0)
Comentários do Facebook