Desempenho do frango abatido na 24ª semana de 2025, segunda do mês de junho

Um mês atrás, nesta mesma data (dia 16), o mercado do frango não só seguia em marcha absolutamente normal, como também alcançava preços historicamente recordes.

Desempenho do frango abatido na 24ª semana de 2025, segunda do mês de junho
Ilustrativa

Um mês atrás, nesta mesma data (dia 16), o mercado do frango não só seguia em marcha absolutamente normal, como também alcançava preços historicamente recordes. Foi então que veio a notícia que o setor aguardava (mas temia) há mais de duas décadas: ocorrência de IAAP em aves comerciais. A partir daí interromperam-se as exportações e tudo despencou.

Em decorrência, enquanto um mês atrás o valor então registrado pelo frango abatido (R$8,81/kg) ficou praticamente 20% acima do alcançado um ano antes (R$7,36/kg), na última sexta-feira (13) registrou variação negativa (-0,27%) em relação ao mesmo dia de 2024, pois sua cotação média foi de R$7,37kg, contra R$7,39/kg um ano antes. Ou seja: no justo espaço de quatro semanas seus preços no atacado paulista retrocederam mais de 16%, ocorrência inédita no setor para tão curto espaço de tempo.

Como efeito desse desabamento, depois de encerrar o mês de maio com um preço médio mais de 18% superior ao de um ano antes, o frango abatido completa a 1ª quinzena de junho com uma variação de apenas 3,35%, índice inferior ao da inflação acumulada em 12 meses, superior a 5%. Pior, porém, vem sendo o resultado mensal, por ora mais de 12% inferior ao de maio passado – o que interrompe um longo período (12 meses) de valorização praticamente contínua e faz a média atual (R$7,59/kg) retroceder a valor inferior ao alcançado em novembro do ano passado (R$8,03/kg).

Uma vez que, no meio da semana, o Brasil deve se declarar livre da IAAP na avicultura comercial – essa, pelo menos, é a torcida geral! – e reabrem-se as expectativas de retomada das exportações, a pressão sobre os preços internos começa a diminuir. Mas esse é um processo lento, influenciado, muito mais, pela vontade dos importadores. Portanto, uma recuperação de preços ainda deve demorar.

Além disso, começa hoje a 2ª quinzena, época do mês em que as vendas de produtos alimentícios em geral se tornam mais lenta. Assim, a aposta do momento é mais pela estabilização, como já acontece com o frango vivo ofertado no mercado independente.

Em São Paulo, após encerrar a 1ª quinzena de maio (15) cotado a R$6,50/kg, em apenas duas semanas o frango vivo perdeu mais de 15% de seu preço (R$1,00/kg a menos) e, desde os últimos dias de maio, mantém, como cotação máxima, o valor de R$5,50/kg.

Em Minas Gerais, o frango vivo entrou em junho valendo R$5,90/kg, mas abriu a semana passada (9) negociado por R$5,50/kg – perda, portanto, de quase 7% em menos de cinco dias de negócios. Mas em ambos os estados esse valor permaneceu inalterado durante toda a semana, deixando a sensação de que, enfim, chegamos ao fundo do poço e o momento, agora, é de recuperação.

É provável que o mesmo se aplique ao frango abatido nestes 10 últimos dias de negócios de junho.

Fonte: AviSite
Autor:Redação

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