Polícia deflagra operação contra fraude fiscal de produtores rurais em Mato Grosso
Investigação avança sobre esquema que desviou quase R$ 30 milhões dos cofres públicos

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta quinta-feira (26), a terceira fase da Operação Ultimatum, voltada à notificação de produtores rurais investigados por envolvimento em um esquema de sonegação de impostos no estado.
A ação foi conduzida pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), com apoio da força-tarefa do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA).
Segundo a Polícia Civil, esta nova etapa tem caráter preventivo e visa orientar os investigados sobre a necessidade de regularização fiscal.
As intimações foram realizadas em municípios da região médio-norte do estado. Os alvos são produtores com indícios de participação em fraudes envolvendo a emissão de notas fiscais inidôneas e simulação de transações comerciais interestaduais, com o objetivo de burlar o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Ligação com a Fake Paper
A Operação Ultimatum é um desdobramento direto da Operação Fake Paper, que revelou a existência de uma organização criminosa especializada em fraudar o fisco estadual.
O grupo estruturava empresas de fachada e simulava operações com produtos agrícolas para driblar a tributação.
Ao longo das fases anteriores, a força-tarefa conseguiu reaver cerca de R$ 29,6 milhões aos cofres públicos — sendo R$ 7,9 milhões em 2021 e R$ 21,7 milhões em 2023.
Além do impacto financeiro, as autoridades destacam o efeito pedagógico da operação, voltado à conscientização sobre a importância da conformidade tributária para o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso.
Ação integrada
A operação teve a atuação conjunta dos órgãos que integram o CIRA-MT: Ministério Público Estadual (por meio da 14ª Promotoria de Defesa da Ordem Tributária), Polícia Judiciária Civil, Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), Procuradoria-Geral do Estado (PGE-MT) e Controladoria-Geral do Estado (CGE-MT).
As investigações seguem em andamento, e novas fases não estão descartadas, segundo a Polícia Civil.
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