Importações de arroz crescem em maio e superam exportações, mesmo com alta oferta interna
Mesmo em um período de maior oferta no mercado doméstico, o Brasil aumentou as importações de arroz em maio, atingindo o maior volume desde fevereiro deste ano e superando o total exportado no mês.

Mesmo em um período de maior oferta no mercado doméstico, o Brasil aumentou as importações de arroz em maio, atingindo o maior volume desde fevereiro deste ano e superando o total exportado no mês. É o que apontam os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP).
Segundo o levantamento, foram importadas 126,12 mil toneladas de arroz em equivalente casca, uma alta de 26,5% em relação a abril, embora ainda 10% abaixo do volume registrado em maio de 2024. Já as exportações somaram 92,16 mil toneladas, volume 9,8% superior ao do mês anterior, mas 10,7% inferior ao mesmo período do ano passado.
Tanto os valores médios das importações quanto das exportações ficaram acima dos preços praticados no mercado interno. O dado chama a atenção por ocorrer em um momento de baixa liquidez no mercado brasileiro, reflexo do comportamento mais cauteloso por parte dos compradores.
De acordo com o Cepea, enquanto alguns agentes ainda atuam nas negociações, mas oferecendo preços menores, outros optaram por se afastar do mercado, evitando a formação de estoques diante da queda contínua nas cotações semanais e da dificuldade de repasse dos custos ao consumidor final.
Apesar da entrada da nova safra e de um cenário de abastecimento interno mais confortável, os sinais do mercado indicam descompasso entre a produção e a comercialização. A retração da demanda e a pressão dos preços internacionais geram incertezas e dificultam a sustentação de valores mais altos no varejo e no atacado.
Esse movimento também ocorre em meio à implementação do Programa Arroz da Gente, anunciado pelo Governo Federal como estratégia para ampliar a produção e conter oscilações no preço do cereal. Ainda assim, o crescimento das importações em maio indica que o mercado segue sensível às variações externas, especialmente diante das políticas de estoque e regulação de preços.
Com informações do Cepea
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