Exportações do agro para os Estados Unidos caem 31,3 porcento em três meses de sobretaxa

O resultado reflete os três primeiros meses de vigência das sobretaxas impostas pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros.

Exportações do agro para os Estados Unidos caem 31,3 porcento em três meses de sobretaxa
Ilustrativa

As exportações brasileiras do agronegócio para os Estados Unidos caíram 31,3% no trimestre encerrado em outubro, o que representa uma perda de US$ 973,1 milhões para a economia dos municípios. O resultado reflete os três primeiros meses de vigência das sobretaxas impostas pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros.

Os setores mais afetados foram os de cana-de-açúcar, produtos florestais, carne bovina e café. O açúcar de cana em bruto praticamente deixou de ser exportado para os Estados Unidos: o país embarcou 231 milhões de toneladas a menos, o que gerou perda de US$ 111,3 milhões no período. A carne bovina in natura acentuou as perdas em outubro e passou a liderar as quedas, com retração de US$ 169,6 milhões em relação ao mesmo trimestre de 2024.

No segmento florestal, as exportações de celulose para os Estados Unidos recuaram US$ 68 milhões apenas em outubro, elevando o total de perdas do trimestre para US$ 137 milhões. Já as vendas de papel caíram US$ 36,7 milhões. A cafeicultura também foi afetada: o volume de café verde exportado recuou 36,9 milhões de toneladas, resultando em perda de US$ 71 milhões.

Entre os municípios mais impactados estão Imperatriz (MA), com queda de US$ 50 milhões, e Santa Cruz do Sul (SC), com retração de US$ 44 milhões. Três Lagoas (MS), Campo Grande (MS) e Ituiutaba (MG) também registraram fortes reduções, de US$ 42 milhões, US$ 36 milhões e US$ 34 milhões, respectivamente.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) informou que prefeituras de regiões exportadoras têm sido procuradas por produtores afetados pelas novas tarifas.

“Os municípios têm atuado para apoiar os produtores na busca por novos mercados. A principal preocupação está relacionada às perdas de empregos e à queda da arrecadação. Qualquer redução de receita significa menos dinheiro no município, e quem sofre não é só o gestor, mas principalmente a comunidade”, afirmou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

 

 

 

Com informações da CNM