Trigo segue desvalorizado com baixa demanda e avanço da semeadura no Brasil

Os preços do trigo continuam em queda no mercado brasileiro, pressionados por uma combinação de fatores que incluem desvalorizações externas e cambial

Trigo segue desvalorizado com baixa demanda e avanço da semeadura no Brasil
Ilustrativa

Os preços do trigo continuam em queda no mercado brasileiro, pressionados por uma combinação de fatores que incluem desvalorizações externas e cambial, fraca demanda doméstica e o avanço da semeadura da nova safra. Segundo pesquisadores do Cepea, o ambiente de baixa liquidez reflete o atual cenário do setor, marcado pelo desinteresse de compradores e pela postura retraída dos produtores, que estão focados nas atividades de campo.

O levantamento mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que, até o dia 7 de junho, 42% da área destinada ao cultivo de trigo no Brasil já havia sido semeada. A área total estimada para esta safra é de 2,67 milhões de hectares, número 1% inferior ao indicado no mês anterior e 12,6% menor do que a área cultivada em 2024.

Apesar da redução na área plantada, a produção prevista é de 8,192 milhões de toneladas — uma leve queda de 0,8% frente à projeção anterior, mas ainda 3,8% superior ao volume colhido na safra passada. A produtividade média estimada é de 3,06 toneladas por hectare, um aumento de 0,3% em relação ao relatório anterior e expressivos 18,9% acima da temporada anterior.

A pressão negativa sobre os preços também decorre da postura das indústrias moageiras, muitas das quais estão bem abastecidas ou operando com trigo importado. Esse comportamento contribui para a baixa liquidez no mercado interno, dificultando negociações e mantendo os valores em patamares enfraquecidos.

Com o avanço da semeadura e a expectativa de uma produtividade superior, os agentes de mercado seguem atentos às condições climáticas e à evolução da demanda, fatores que poderão influenciar os preços nos próximos meses.

 

Com informações do Cepea
FONTE: Agro+
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