Exportações do agro crescem em abril e garantem superávit de US$ 13,3 bilhões

As exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 15,03 bilhões em abril de 2025, um crescimento de 0,4% em relação ao mesmo mês de 2024, segundo dados consolidados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e analisados a partir da balança comercial. Com importações de US$ 1,69 bilhão, o setor garantiu um superávit de US$ 13,34 bilhões, reforçando sua importância como âncora da balança comercial nacional.

O desempenho é ainda mais expressivo diante do cenário de desaceleração global e de entressafra de algumas culturas no Brasil. A leve alta nas exportações mostra resiliência e forte demanda externa por produtos do campo brasileiro, com destaque para segmentos como algodão, animais vivos e bebidas, que apresentaram crescimento tanto em volume quanto em valor exportado.

Algodão lidera com força

Com uma safra robusta e câmbio favorável, as vendas externas de algodão não cardado nem penteado atingiram US$ 473,6 milhões em abril, com embarque de mais de 239 mil toneladas. O produto se manteve entre os principais itens da pauta agroexportadora, impulsionado pela demanda asiática e pelos preços competitivos.

Animais vivos e bebidas também avançam

Outro destaque foi a exportação de animais vivos (exceto pescados), que cresceu mais de 18% em valor na comparação anual, saltando de US$ 63,2 milhões para US$ 74,8 milhões. Já o setor de bebidas registrou desempenho estável, com US$ 48,7 milhões em vendas ao exterior, mantendo o patamar do ano anterior, mas com leve aumento no volume embarcado.

Importações caem e ampliam superávit

Na contramão das exportações, as importações do agronegócio caíram 2,4%, totalizando US$ 1,69 bilhão em abril. Essa redução contribuiu para a ampliação do saldo positivo da balança comercial do setor, que segue como o principal pilar das contas externas brasileiras.

Exportação em ritmo recorde na safra

No acumulado da safra 2024/25, o agronegócio brasileiro já superou a marca de US$ 140 bilhões em exportações, com destaque para soja, carnes, café e açúcar. O crescimento vem sendo sustentado pela ampliação da produção, abertura de novos mercados e investimentos em infraestrutura e tecnologia no campo.

Por Cristiane Ferreira dos Santos