Caos em São Paulo gera efeito cascata em aeroportos pelo Brasil
Vendaval histórico travou operações aéreas, afetou voos em todo o país e deixou mais de 1 milhão de clientes sem energia na Grande São Paulo
As rajadas de vento que chegaram a 98 km/h e derrubaram árvores, postes e a energia em parte da Grande São Paulo provocaram um apagão aéreo nacional.
O mau tempo levou ao cancelamento de centenas de voos em Congonhas e Guarulhos e desencadeou atrasos e suspensões em aeroportos por todo o país, segundo informações do Ministério de Portos e Aeroportos, das administrações aeroportuárias e do G1.
O que aconteceu
O vendaval histórico registrado na quarta-feira (10) — o mais forte já medido pelo Instituto Nacional de Meteorologia desde 1963 segundo informaçao do Estado de São Paulo — paralisou operações em São Paulo.
Só em Congonhas, foram 67 voos cancelados nesta quinta (11) e 181 na quarta, totalizando 248 cancelamentos, de acordo com a Aena.
A empresa afirma que o aeroporto está aberto, mas ainda ajusta a malha aérea depois das rajadas acima de 90 km/h.
Em Guarulhos, outros 15 voos foram suspensos nesta manhã. No total, entre quarta e quinta-feira, o aeroporto acumula 117 cancelamentos. O Galeão, no Rio, também enfrenta atrasos por causa do efeito cascata provocado pelo travamento da malha aérea em São Paulo.
Os terminais paulistas amanheceram com filas, passageiros dormindo nos bancos e companhias tentando reorganizar suas operações. Os números foram confirmados pelas concessionárias e divulgados pelo G1.
Efeito cascata nos aeroportos do país
O impacto do ciclone extratropical se espalhou pela malha aérea e provocou cancelamentos e atrasos em diversos aeroportos do país, segundo informações das próprias administrações aeroportuárias. Entre os terminais afetados estão:
Brasília (DF)
Goiânia (GO)
Campo Grande (MS)
Curitiba (PR)
Vitória (ES)
Natal (RN)
São José do Rio Preto (SP)
Distrito Federal (DF)
Maceió (AL)
Salvador (BA)
Porto Alegre (RS)

O efeito cascata ocorre devido ao travamento da malha aérea em São Paulo, que impacta operações em todo o território nacional.
O Ministério de Portos e Aeroportos informou que acompanha o atendimento aos passageiros, reforçando que as companhias devem cumprir a Resolução 400, que determina assistência e reacomodação.
Falta de luz agrava o cenário em São Paulo
A ventania também provocou queda de árvores e estruturas, deixando 2,2 milhões de clientes sem energia na quarta-feira. No início da tarde desta quinta, 1,3 milhão ainda estava no escuro na Grande São Paulo.
Municípios como Embu-Guaçu (98% sem luz), Embu e Juquitiba seguem entre os mais afetados.
A Enel afirma que mobilizou 1.600 equipes para recompor a rede e que já restabeleceu o serviço para 1,2 milhão de clientes, mas alerta que há trechos com postes e transformadores destruídos, exigindo reparos complexos.








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