Brasil declara à OMSA estar livre de gripe aviária em granjas comerciais
Comunicação é importante para iniciar o trabalho de reabertura de mercados

O Brasil está oficialmente livre da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em granjas comerciais após cumprir o período de vazio sanitário de 28 dias. No total, já são 33 dias sem registro de novos casos da doença em estabelecimentos profissionais.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) comunicou, nesta quarta-feira (dia 18), à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o encerramento do vazio sanitário, etapa final do protocolo internacional para eliminação do foco da doença.
O período de vazio sanitário começou em 22 de maio, logo após a desinfecção da granja em Montenegro (RS), onde, no dia 16 daquele mês, foi registrado o primeiro — e único — caso da doença em uma criação comercial no país.
Com a conclusão das ações sanitárias e sem novos registros, o Brasil recupera o status de livre da IAAP, condição fundamental para destravar negociações com mercados internacionais que haviam imposto restrições.
“Não se comemora uma crise, mas é preciso reconhecer a robustez do nosso sistema sanitário, que respondeu com total transparência e eficiência. Contivemos o foco, seguimos os protocolos internacionais e, agora, avançamos com responsabilidade para a retomada do comércio exterior”, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
O processo de notificação à OMSA é conduzido pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, com base em critérios técnicos e ampla transparência. Todo o histórico — desde a detecção do foco, passando pelo vazio sanitário, até a autodeclaração do país como livre da doença — foi formalmente registrado.
Paralelamente, o governo brasileiro já iniciou a comunicação direta com os países que impuseram restrições temporárias às exportações de produtos avícolas, buscando acelerar a reabertura dos mercados.
“Chegamos hoje ao fim do vazio sanitário com a emissão da autodeclaração de que o Brasil está livre da gripe aviária em granjas comerciais. Isso fortalece a credibilidade do nosso serviço sanitário e representa um passo decisivo para a normalização das exportações”, destacou o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.
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