Safra 2025 supera expectativas e deve bater recorde de produção com 333,3 milhões de toneladas
Crescimento é puxado por milho, soja e arroz; Mato Grosso lidera produção nacional

A produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve atingir 333,3 milhões de toneladas em 2025, segundo a mais recente estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada neste mês de julho. O número representa um salto de 13,9% em relação à safra de 2024, ou 40,6 milhões de toneladas a mais. Também houve leve avanço de 0,2% frente ao mês anterior.
Esse resultado expressivo reforça o peso do agronegócio na economia brasileira e indica recuperação após um ano marcado por adversidades climáticas em várias regiões. A área a ser colhida também aumentou: são 81,2 milhões de hectares previstos para este ciclo, 2,7% acima da registrada no ano passado.
Milho, soja e arroz continuam sendo os pilares da produção agrícola nacional, respondendo por mais de 92% do total previsto para 2025. O milho aparece com destaque, somando 131,4 milhões de toneladas, das quais 105,4 milhões devem vir da segunda safra — uma das maiores já registradas. A soja, carro-chefe das exportações do agro, segue firme com previsão de 165,1 milhões de toneladas, enquanto o arroz alcança 12,3 milhões de toneladas.
Entre as culturas em crescimento, o trigo merece atenção: apesar da retração na área plantada, o rendimento médio cresceu 24,2%, e a produção nacional está estimada em 8 milhões de toneladas. Já o feijão, dividido em três safras, deve alcançar 3,2 milhões de toneladas, com destaque para o crescimento da terceira safra irrigada no Centro-Oeste.
O desempenho regional mostra que o Centro-Oeste continua sendo o motor da produção agrícola brasileira, com 51% de participação e avanço de 17,5% em relação a 2024. Na sequência, aparecem as regiões Sul (25,4%) e Sudeste (8,9%). Mato Grosso lidera entre os estados, concentrando 31,5% da produção nacional, seguido por Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
A boa performance da lavoura em 2025 também reflete o avanço tecnológico e o uso mais eficiente de insumos, mesmo diante de desafios logísticos e climáticos. Em tempos de volatilidade internacional, a expectativa do setor é que essa robustez produtiva contribua para fortalecer as exportações e equilibrar os preços internos.
A próxima divulgação do levantamento, que poderá ajustar novamente as estimativas, está prevista para agosto.
Com informações do IBGE
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