Desenhos gigantes surgem em lavoura de trigo e intrigam produtores em SC

Formações geométricas misteriosas apareceram em Ipuaçu e reacenderam o interesse de moradores, turistas e pesquisadores

Desenhos gigantes surgem em lavoura de trigo e intrigam produtores em SC
Ilustrativa

Tudo começou na segunda-feira (3), quando um agroglifo, uma formação geométrica misteriosa, surgiu em uma plantação de trigo em Ipuaçu, no Oeste de Santa Catarina.

Segundo moradores da região, a figura tem cerca de 100 metros de diâmetro e combina círculos e triângulos de maneira complexa e precisa.

Não é a primeira vez que um fenômeno desse tipo movimenta a cidade, de 8 mil habitantes.

O município é considerado a capital nacional dos agroglifos, com registros dessas formações desde 2008. Para a prefeitura, o fenômeno já faz parte da identidade local, atraindo turistas, curiosos, ufólogos, estudiosos e jornalistas.

O assunto foi tema de reportagem do Domingo Espetacular, da TV Record, com alcance em todo Brasil. A chamada para a matéria no Instagram já soma mais de 55 mil curtidas e milhares de comentários.  

As figuras sobre plantações são um enigma milenar. Há relatos semelhantes desde a Idade Média e, embora alguns casos no mundo tenham sido desvendados como obras humanas, outros seguem sem explicação, mantendo viva a curiosidade global.

Investigações

Ufólogos que visitaram o local afirmam não ter encontrado pegadas, marcas de pneus ou vestígios de máquinas agrícolas, o que reforça, para eles, a hipótese de uma possível origem não humana.

Luiz Prestes Júnior, pesquisador do tema, disse que a vegetação estava “acamada” de forma uniforme, sugerindo um processo de formação mais sofisticado do que um simples trabalho manual.

Céticos e cientistas, porém, apontam que figuras complexas podem, sim, ser produzidas por pessoas utilizando ferramentas simples capazes de dobrar os caules sem quebrá-los, alcançando grande precisão geométrica.

Enquanto o debate continua, o novo agroglifo reacende a visibilidade turística de Ipuaçu e movimenta a economia local. A prefeitura afirma que o fenômeno sempre atrai visitantes e equipes de pesquisa, especialmente nos dias seguintes ao aparecimento.

Mas o tempo é curto: para não comprometer a lavoura, os proprietários pretendem colher o trigo em breve, o que pode limitar as visitas e as análises.

Instituições de astronomia e agronomia demonstraram interesse em examinar a formação para investigar possíveis causas naturais — como padrões de vento, microturbilhões ou outros fenômenos atmosféricos — que possam explicar ao menos parte desses eventos.