Estado pode assumir custo de georreferenciamento em lotes da reforma agrária

Para o deputado Lúcio Mosquini, medida fortalece a atuação do poder público e garante mais agilidade e segurança na titulação de terras

Estado pode assumir custo de georreferenciamento em lotes da reforma agrária
Ilustrativa

Famílias assentadas em áreas da reforma agrária poderão receber seus títulos de propriedade com mais rapidez e sem custos para o georreferenciamento dos lotes. A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (9), o parecer do deputado Lúcio Mosquini (MDB-RO) ao Projeto de Lei 1231/2025, de autoria do deputado Nelson Barbudo (PL-MT), que transfere ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a responsabilidade pela execução do serviço.

O projeto altera a sistemática atual ao garantir que o georreferenciamento, requisito essencial para o registro e titulação de imóveis rurais, seja realizado e custeado pelo Incra antes da transferência da propriedade aos assentados. A medida assegura maior celeridade e segurança jurídica no processo de regularização fundiária, além de evitar que famílias de baixa renda arquem com despesas técnicas para obter seus títulos definitivos.

Segundo o autor, impor esse encargo técnico e financeiro aos assentados compromete toda a política de reforma agrária. “Ao assumir essa responsabilidade, o Incra não apenas desonera as famílias, mas também garante que o serviço seja feito com qualidade, dentro dos padrões exigidos. Isso significa mais agilidade na titulação e mais segurança jurídica para quem vive e produz no campo,” disse o deputado Nelson Barbudo.

O relator ressalta no texto que o Incra já desenvolve, em alguns assentamentos, atividades de georreferenciamento por meio de seus programas internos ou em cooperação técnica com universidades, prefeituras e outras entidades conveniadas. 

Para Lúcio Mosquini, a proposta reforça o papel do estado na efetivação da política de reforma agrária, ao garantir que os procedimentos técnicos para a titulação dos lotes sejam realizados com responsabilidade pública. “Essa proposta reduz entraves burocráticos e financeiros que atrasam a titulação definitiva da terra e acelera a inclusão dos assentados no sistema formal de propriedade rural. Estamos apenas formalizando uma prática que já ocorre, mas agora com segurança jurídica e respaldo legal, o que permite planejamento e continuidade das ações do Incra”, afirmou Mosquini. 

O projeto segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

FONTE: FPA
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