CNA critica decisão dos EUA de impor tarifas adicionais sobre produtos brasileiros

Segundo a CNA, a decisão norte-americana rompe com o histórico de cooperação e equilíbrio que sempre marcou as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, ao longo de mais de dois séculos.

CNA critica decisão dos EUA de impor tarifas adicionais sobre produtos brasileiros
Ilustrativa

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se manifestou nesta quinta-feira (10) sobre a decisão dos Estados Unidos de impor uma tarifa adicional de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros. Em nota oficial, a entidade classificou a medida como unilateral, injustificável e prejudicial às economias de ambos os países.

Segundo a CNA, a decisão norte-americana rompe com o histórico de cooperação e equilíbrio que sempre marcou as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, ao longo de mais de dois séculos.

“Medidas desta natureza prejudicam as economias dos dois países, causando danos a empresas e consumidores”, diz o comunicado.

A entidade também defendeu que a imposição tarifária ignora os princípios do livre comércio internacional e deve ser enfrentada com diálogo diplomático e articulação entre os setores público e privado. Para a CNA, não há qualquer desequilíbrio injusto nas trocas comerciais bilaterais que justifique esse tipo de retaliação.

“O comércio e a economia não podem ser injustamente afetados por questões de natureza política. Os produtores rurais brasileiros consideram que essas questões só podem ser resolvidas em benefício comum por meio do diálogo incessante e sem condições entre os governos e seus setores privados”, afirmou a confederação.

A CNA encerra a nota com um apelo ao Itamaraty para que os canais diplomáticos sejam rapidamente ativados. A expectativa, segundo a entidade, é que a razão e o pragmatismo prevaleçam, garantindo um ambiente de entendimento e prosperidade entre os dois países.

A reação da CNA soma-se à de autoridades do governo federal, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também condenou a tarifa de 50% e atribuiu motivação política à medida. Para Haddad, a decisão representa uma “agressão política” e afeta diretamente setores produtivos estratégicos, especialmente no estado de São Paulo.

FONTE: Agro+
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