Brasil recupera confiança sanitária e amplia retomada das exportações de carne de frango
A África do Sul e Singapura foram os mais recentes países a retirarem as restrições à carne de frango brasileira

A África do Sul e Singapura foram os mais recentes países a retirarem as restrições à carne de frango brasileira, após o foco isolado de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) registrado em Montenegro (RS), em maio. Com isso, já são 26 países que suspenderam totalmente as barreiras comerciais impostas ao produto brasileiro.
A medida ocorre após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informar oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o cumprimento integral do protocolo sanitário e o fim do vazio sanitário, encerrado em junho. O Brasil, agora, se autodeclara novamente livre da doença, o que reforça sua posição no cenário internacional como fornecedor confiável de proteína avícola.
Situação atual das exportações
Sem restrições: África do Sul, Singapura, Emirados Árabes, Vietnã, Uruguai, Argentina, Índia, Filipinas, Paraguai, entre outros.
Com restrições totais: União Europeia, China, Canadá, Chile, Peru, Malásia, entre outros.
Com restrições parciais: Japão (restrições localizadas), Reino Unido e Rússia (restrição ao RS), Catar e Jordânia (Montenegro-RS), entre outros.
A retomada de mercados tem seguido um padrão técnico e transparente. A Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa conduziu todas as etapas exigidas: notificação do foco, eliminação sanitária, desinfecção da granja e monitoramento por 28 dias — o chamado vazio sanitário — sem registro de novos casos. Após esse processo, o país concluiu as ações e protocolou sua autodeclaração de livre da IAAP junto à OMSA, em conformidade com os padrões internacionais.
Comércio em recuperação
O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, e a rápida resposta sanitária foi fundamental para evitar maiores perdas comerciais. Em paralelo à notificação à OMSA, o Mapa também está em contato direto com autoridades sanitárias dos países que ainda mantêm restrições, buscando o restabelecimento pleno do fluxo comercial.
As exportações devem ganhar novo fôlego no segundo semestre, com expectativa de recuperação gradual de mercados estratégicos, como União Europeia e China, que seguem com embargos totais.
Regionalização avança
Uma das estratégias adotadas pelo Brasil foi a defesa da regionalização das restrições, ou seja, limitar embargos apenas à área afetada. O reconhecimento desse conceito, previsto no Código Terrestre da OMSA e no Acordo SPS da OMC, permitiu que diversos países aplicassem medidas geograficamente restritas, evitando prejuízos mais amplos à cadeia produtiva.
A atuação coordenada do Mapa, aliada à confiança construída ao longo dos anos na sanidade do rebanho avícola nacional, tem sido essencial para minimizar os impactos e fortalecer a imagem do Brasil como parceiro seguro no comércio internacional de alimentos.
Com informações do Mapa
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