Búfalos do Marajó elevam produção de leite no Pará
Búfalos marajoaras triplicam a produção de leite em Abaetetuba (PA) com uso de IATF e PIVE. Genética do Marajó se consolida como referência no Brasil.

Um rebanho de cerca de 100 búfalos da Fazenda Paraíso, localizada no município de Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó, está transformando a produção de leite em Abaetetuba, na Região de Integração Tocantins (PA). Os animais foram transferidos para a Fazenda Paraíso II, na comunidade de Curuperé-Mirim, onde passaram por um processo de adaptação bem-sucedido, mantendo altos índices de produtividade.
O sucesso se deve à adoção de biotecnologias avançadas, como a Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) e a Produção In Vitro de Embriões (PIVE), que garantem um salto na eficiência genética e produtiva.
Programa de melhoramento genético é chave no avanço
Essa ação integra o Programa de Melhoramento Genético Animal, conduzido pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), que tem no Marajó sua base principal. Técnicos da Coordenadoria de Produção Animal (Copan) acompanham de perto as atividades, incluindo o controle leiteiro dos animais e a capacitação de produtores.
Alta produtividade dos búfalos marajoaras
Segundo a médica veterinária Anelise Ramos, os búfalos marajoaras se destacam pela alta produção de leite, com média de 9 a 10 litros por ordenha. Mesmo fora do ambiente típico do Marajó, os animais mostram grande facilidade de adaptação ao clima e às condições de pastagem em Abaetetuba. “Esses animais mantêm excelente produtividade. A genética marajoara tem se mostrado extremamente eficaz”, afirma Anelise.
Genética do Marajó é referência nacional
Para o pecuarista João Rocha, presidente da Associação Paraense dos Criadores de Búfalos do Marajó, o segredo está na excelência genética desenvolvida no arquipélago.
“Selecionamos os melhores animais do Marajó, tanto para leite quanto para carne. O que fazemos aqui em Abaetetuba é uma extensão do trabalho iniciado lá. É o Marajó que nos dá essa base produtiva”, destaca Rocha.
Biotecnologia fortalece a produção e o rebanho
A propriedade já conta com bezerros nascidos a partir das biotécnicas, o que aumenta o número de crias por fêmea e permite um rebanho mais robusto e produtivo. Alguns animais chegam a pesar mais de 800 kg, com reprodutores que podem ultrapassar 1.050 kg, segundo João Rocha.
Leite de búfala oferece alto rendimento e qualidade
O leite de búfala produzido no Marajó também é destaque pela alta eficiência industrial, oferecendo até 40% mais rendimento do que o leite bovino. Além disso, possui sabor diferenciado e coloração cremosa, fatores que tornam o produto altamente competitivo no mercado de laticínios.
Investimento em tecnologia garante saltos na produção
De acordo com o médico veterinário Augusto Peralta, da Copan, os resultados mostram que investir em genética e tecnologia faz toda a diferença. Com o uso das biotecnologias, a produção saltou de uma média de 5 a 6 litros para até 15 litros por animal. “O Marajó tem papel fundamental nesse avanço, pois é onde tudo começa”, ressalta Peralta.
As informações são do Notícia Marajó, adaptadas pela MilkPoint
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